sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

G.

                       Parece que a gente vai se apagando no tempo. Quanto tempo não penso na imensidão dos teus sonsos olhos. Agora me obrigo a sentir saudade das nossas conversas, de saber da sua vida e fingir ter aquela intimidade sempre tão estranha. Espero que esteja bem querido. Espero que esteja próximo.


Beijos infinitos.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

.Preta




Se foi feito lembrança presa em música bonita, engolida de querer em melodia.
É desejo -reprimido- doído, meia volta foto velha . Ela perturba, distorce, me estraga. É paraíso sem pecado, sem fogo é desejo. Tom de canela sobre a pele, reluz seus raios por entre aqueles cachos assanhados e olhos cansados de tamanha beleza que me embriagam feliz.

quinta-feira, 31 de março de 2011

.Quiet

Acorda às 8 da manhã
Faz poesia até às 10.
Sussurradas, transpiradas.
Com gosto de chá gelado.
Com sotaque carregado.
Sem ao menos sair da cama.
Rima, repente, lençóis, prosa e pés.
Quadris recitados em romance lírico
Verso, dialética, lábios e soneto.
Um pouco de vida, uma estrofe talvez
.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

.Sonho seu

 Novembro na cama, ressaca do incansável,cubro os pés trêmulos à frieza. Na parábola repente, complexa, açucarada que se encontra o emaranhado de fúteis corações. Te aproveito.Dedilhando raios teus - Sol - faço-me indeciso por saborear desajeitados constrangimentos. Sonho tímido com a mecha de cabelo, flor de laranjeira por entre os dedos.‘Rebuliço sugestivo estomacal – paixão.
Por hoje encanto e desencanto, como quem muito sofreu de amor.
 


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

.Re-encanto

Depara-te então Menina,
Flor em verso da dor.
Na aquarela do seu olhar me debruço,
e degusto simplório sorriso,
que infinitas promessas
me impedem tua sorte.
Agora faço de conta não precisar
morrer de saudade.
  Te afasta logo e me dê razão pra dramatizar-te.
Enquanto, reencanto, suplico (...) e quero.



domingo, 21 de novembro de 2010

.Almejo


Onde a brisa leve meu medo nu,
ao recôndito do seu tabernáculo,
e torna-te sagrado por completude.
E só assim, não será digno a mim.
Por bem, encosta-te a face,
em solene contrato a meu afeto,
antes de evaporar-se em pleno sol.
-Sim, cansei da sua luz; desejo seu toque.
Não a torne mera singularidade do
seu romance subjetivo, eu vivo de realidade.
Ou ao menos tenha dom para tal dor.





terça-feira, 2 de novembro de 2010

Do nosso amor a gente é que sabe, pequena!